A endometriose é uma doença conhecida desde o século XVIII quando iniciaram as primeiras publicações de pontos de endométrio (células que deveriam estar exclusivamente no interior do útero) em outros locais do corpo da mulher. É uma doença exclusivamente feminina sendo descrito dois casos no sexo masculino, homens que usavam altas doses de estrogênio para tratamento de câncer de prostata. Assim sabe-se que é uma doença dependente de hormônio, principalmente, estrogênio e que a forma de minimiza-la é atraves da inibição desse hormônio ou uso de hormônios que o contrapõem como os androgênios.

A doença se caracteriza por uma tríade formada por: dispareunia (dor durante o coito), dismenorréia (cólica menstrual) e infertilidade, sendo que nem sempre encontramos os três sintomas concomitantemente e há outros sinais que se associam como a irregularidade menstrual, o aumento dos níveis de prolactina e os ovarios micropolicísticos.

Cólicas menstruais de dificil tratamento, progressiva na dor e que algumas vezes pela sua intensidade associa a vômitos em mulheres jovens sem filhos deve ter uma das hipóteses essa doença que não é rara. Sua prevalência dentro da população é de aproximadamente 15% e na população infertil de 25%.